quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

'Pensamento Desnecessário #37

Ao longo dessas noites quentes  de primavera me pego a pensar sobre o tempo, sobre a falta dele e se é que ele um dia existia em algum momento. Entendo melhor quando Oscar Wilde dizia querer amigos que fossem loucos e santos, crianças e velhos porém nunca adultos, e fico presumindo que não há realmente mais tempo pra ser adulto. Pressa, ambição, orgulho, mágoas... não temos porquê ser assim, buscar uma normalidade ilusória e estérea; livre, louca, estranha, sou e me alegro a ser assim. Sou uma eterna metamorfose com olhar questionador e me sinto realmente bem sendo o oposto do comum, a imprevisível, a que leva dúvidas e angústias mas depois oferece colo. Estou no fim de um ciclo, deixando pra trás velhos hábitos, opiniões, manias, pensamentos, visões...

Quero o novo, quero o melhor, quero o que essa vida sem sentido pode me oferecer, sendo nietzschiana não negando meus instintos; sendo sartriana, assumindo a responsabilidade dos meus atos; sendo eu, humana ou marciana; eu, amontoado de átomos; eu, só eu.

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